DESCOMPLICA Defensoria leva projeto de mediação para escola Barão de Parima
Em busca de ensinar estratégia de resolução e mediação de conflitos na escola com a cultura da paz, o Centro de Atendimento Multidisciplinar (CAM), da Defensoria Pública do Estado, volta à sala de aula para a realização do projeto “Descomplica”, em seu segundo ano consecutivo. O projeto em parceria com a SEED (Secretaria Estadual de Educação e Desporto) conta com 12 horas de oficinas durante três dias de atividades.
Em 2019, sete escolas já participaram pelo projeto. A escola estadual Barão de Parima é a primeira escola desse segundo semestre. As atividades tiveram início no dia 28, e termina nesta sexta-feira, 30, no período matutino.
Paralelo ao Descomplica, o projeto Diálogos na Sala de Aula também foi realizado entre os alunos da escola. O Diálogos na sala de aula leva um tema de interesse da turma e os adolescentes conversam durante uma hora, a partir de uma temática central.
Segundo a defensora Elceni Diogo, coordenadora do CAM, para ajudar no entendimento e a participação dos alunos, é feito um uma dinâmica sobre a história do nome e de vida dos jovens para depois explicar sobre a mediação de conflitos. “Nós elaboramos um calendário anual, a Defensoria monta o trabalho e a SEED faz o contato com a escola.
“Nós não trabalhamos com conflitos, nós trabalhamos com pessoas utilizando a dinâmica de contação de história de vida, a fim de começar a explicar para eles que todos têm uma história, um nome, ou seja, uma ideia de identidade própria. Todo indivíduo possui a necessidade de respeitar o outro, de compreender o outro através de sua história, de conhecer as perspectivas e sonhos do outro, por vezes a gente não para e escuta”, orientou Elceni.
Ainda conforme a defensora, os conceitos iniciais da mediação são passados em forma de dinâmica. “A proposta do Descomplica é levar para a escola as ideias de mediação e cultura de paz. É trazer pro ambiente escolar a resolução de conflitos por meio da mediação”, comentou.
Não adianta fazermos as oficinas com os alunos se o corpo docente não internalizar o conceito do projeto da DPE. Por essa razão, a defensora lembrou que, nos dias 19 e 20 último, foi realizada uma oficina de 8h para os orientadores educacionais do estado. “O intuito foi para quando chegarmos nas escolas a orientação pedagógica já saiba do que se trata o projeto”, informou.
A Elceni explica que o conhecimento ensinado serve para os alunos na escola, em casa e no meio social. “Queremos estimular entre os jovens de uma forma preventiva, pois se compreenderem hoje, amanhã enquanto adultos, eles continuarão praticando esses conceitos”, avaliou.
“Aqui que estamos trazendo o reconhecendo das emoções, trabalhamos a importância de reconhecer as emoções e a diferenciação dos sentimentos e ainda falar sobre elas relacionando a saúde mental. Então, no final da conversa trazemos a possibilidade de apoio na rede e na família”, explicou a psicóloga da DPE, Dellyane Torres.
O professor da escola, Laullimã dos Santos, aposta no resultado final dos ensinamentos. “Muitos alunos são migrantes e outros vivem em estado de vulnerabilidade, por isso é importante que eles aprendam a superar conflitos e ajudar o próximo nesse processo de superação”, ressaltou.
O professor espera que os alunos saiam diferentes, com mais conhecimentos para melhorar como ser humano, pessoa e cidadão. “Tudo isso ajuda na socialização deles nas relações familiares, escolares e, sobretudo, viver em comunidade”, apontou Santos.
ASCOM